Deputados e senadores do PT acionaram nesta última terça-feira (6) o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que o órgão impeça o juiz Sergio Moro de assumir o superministério da Justiça no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Os parlamentares querem que o magistrado seja barrado até o Conselho investigar a conduta dele no episódio que culminou em sua indicação para a pasta.

 

O pedido de apuração foi feito ao corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins. Segundo os deputados e senadores do Partido dos Trabalhadores, o juiz Sérgio Moro foi parcial e usou sua posição na sociedade para “interferir de maneira indevida no processo eleitoral, sempre com o viés de prejudicar o Partido dos Trabalhadores e suas candidaturas”.

 

A representação é assinada pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann; pelos senadores Lindbergh Farias, Jorge Viana, Humberto Costa, Paulo Rocha e Regina Sousa; e pelos deputados federais Paulo Pimenta, Wadih Nemer Damous, Paulo Teixeira. “A aceitação do cargo político coroa o que sempre dissemos sobre o juiz Sérgio Moro comportar-se como ser político, não como magistrado”, sustentam os parlamentares segundo o Uol.

 

O CNJ já investiga a atuação de Moro na ocasião em que divulgou parcialmente trechos da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, a poucos dias do primeiro turno da eleição presidencial deste ano. Para o PT, a divulgação influenciaria a opinião pública na véspera do pleito.