O valor da tarifa dos ônibus do transporte municipal de Ilhéus, subiu de R$ 3,10 para R$ 3,50. O reajuste, em vigor desde o dia 30 de dezembro, pegou é motivo de reclamação por parte dos usurários. A cidade conta com uma frota de 120 veículos, que atendem a 38 mil pessoas na zona urbana e 6 mil da zona rural.

 

O aumento da tarifa foi anunciado pela prefeitura em dezembro, após ser aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte e Trânsito. O novo valor foi condicionado à chegada de 20 novos veículos, com wi-fi e ar-condicionado, mas a população diz que a nova frota ainda não está circulando e reclama do tempo de espera nos pontos de ônibus.

 

Os ônibus novos já estão na cidade e foram apresentados à população no final da semana passada, mas ainda não foram colocados para rodar. “Os ônibus serviram para fazer desfile de moda. Quando chegaram, desfilaram na cidade e, em seguida, sumiram. São ônibus fantasmas”, reclama o mestre de capoeira Jorge Viola. O aposentado Jair Dias, que quem deficiência visual, reclama do aumento da tarifa, já que o número de passagens gratuitas, segundo ele, diminuiu.

 

“Os deficientes físicos, que tinham direito a oito passagens por dia, com mais oito do acompanhante, agora só tem quatro passagens”, destaca. Para aposentada Dinalva dos Santos, a demora nos pontos de ônibus é o grande problema. “Na minha rua, eu fico 60, 50, 30 minutos esperando. A passagem sobe e os ônibus somem”, diz.

 

A assessoria de comunicação da empresa Viametro, que opera os veículos, informou que os ônibus não começaram a circular porque os equipamentos que validam os cartões dos passageiros ainda estão sendo instalados. Disse, ainda, que não há previsão de quando o serviço deve ser concluído.

 

Com relação ao tempo de espera nos pontos de ônibus, a Secretaria Municipal de Trânsito informou que já está ciente das reclamações dos usuários e disse que a cidade está com muitos engarrafamentos por causa do grande número de veículos que são de outros municípios. Outro motivo dos atrasos, conforme o órgão, é que várias linhas foram estendidas depois da criação de condomínios na zona sul da cidade.

 

Já sobre a reclamação da redução no número de passes, no cartão das pessoas com deficiência, a Secretaria de Desenvolvimento Social informou que cada caso é analisado antes da concessão do benefício. Disse, também, que os usuários devem procurar a secretaria para esclarecer eventuais problemas.