Mais quatro pessoas passaram a ser investigadas pela morte do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal e missionária Flordelis — denunciada como a mandante do crime. A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado (MPRJ) abriram um terceiro inquérito sobre a execução. Desta vez, são investigados:

  1. Gerson, filho de Flordelis;
  2. Lorraine, neta da deputada;
  3. Gilcineia Teixeira, cozinheira da casa;
  4. Marcio Buba, motorista da missionária.

‘Força policial’ para tornozeleira

A juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou na quinta-feira (1) que a intimação para que Flordelis se apresente para colocar a tornozeleira eletrônica seja feita até mesmo fora do horário de expediente, “se necessário com auxílio da força policial”.

Nearis também ordenou que os advogados da deputada forneçam ainda nesta sexta-feira (2), os números dos telefones de Flordelis. Há duas semanas, Nearis atendeu a um pedido do MPRJ para monitorá-la. Os promotores alegaram que “a deputada vinha tentando interferir na busca da verdade”.

O Tribunal de Justiça informou que oficiais não conseguiram intimá-la, nem em Niterói, nem em Brasília. Até a última atualização desta reportagem, Flordelis permanecia sem a tornozeleira eletrônica.

Família denunciada

Flordelis foi denunciada pelo MPRJ, mas não pôde ser presa por ter imunidade parlamentar – quando somente flagrantes de crimes inafiançáveis são passíveis de prisão. A deputada vai responder por cinco crimes: homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Segundo a polícia, antes do assassinato a tiros, Flordelis tentou matar o marido em maio de 2018, colocando arsênico na comida dele. Por isso, ela também responderá por tentativa de homicídio. Além de Flordelis, sete filhos e uma neta também vão a julgamento. G1