Foto: Wendel de Novais/CORREIO

Em coletiva à imprensa nesta sexta-feira (27), a Polícia Civil deu mais detalhes sobre as investigações que apuram as razões da queda da babá Raiane Ribeiro do terceiro andar de um edifício residencial no Imbuí, na última quarta-feira (25). Na ocasião, o titular da 9ª Delegacia Territorial (DT) da Boca do Rio, delegado Thiago Rodrigues Pinto, afirmou que Melina Esteves França, a patroa de Raiane, admitiu ter agredido a babá, mas disse que a briga se deu por uma razão diferente da relatada pela vítima.

“Ela manteve a versão que a mulher agrediu as crianças, mas se eu lhe falar os detalhes estarei entregando pontos importantes. O que posso dizer é que a acusada admitiu as agressões, mas afirmou que foram mútuas e por conta de um desentendimento”, explicou o delegado.

Pinto confirmou, ainda, a informação de que diversas vítimas apareceram para alegar que sofreram abusos quando trabalharam com Melina. “Estão aparecendo muitas vítimas e estamos colhendo os depoimentos para colocar tudo no papel. Não sei lhe precisar a quantidade de vítimas, mas foram várias”, contou.

Questionado sobre a razão das vítimas não terem prestado queixa anteriormente, o delegado afirmou que as justificativas foram diversas. “Algumas vítimas disseram isso [que foram coagidas], outras que deixaram pra lá, outras que acharam que se tratavam de questões trabalhistas e não valia a pena”, disse ele.

O delegado também afirmou que nenhuma denúncia citando uma arma de fogo foi registrada nas ocorrências. Gabriel Sodré, advogado da acusada, foi procurado pela reportagem, mas não respondeu até o fechamento desta matéria. (Correio da Bahia)