O presidente nacional do partido Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, é alvo de uma operação da Polícia Federal que apura crimes de corrução cometidas pelo senador Aécio Neves na manhã desta terça-feira (11). Policiais cumprem mandado de busca e apreensão no apartamento de Paulinho da Força e no prédio da Força Sindical, na Liberdade, no Centro de São Paulo.

 

Ele foi intimado para prestar depoimento na PF, mas não havia sido localizado até por volta das 9h. Paulinho é um dos fundadores da Força Sindical. Segundo a PF, o senador Aécio Neves comprou apoio político do Solidariedade por R$ 15 milhões. O G1 entrou em contato com Paulinho da Força por telefone, mas ele desligou após a reportagem se identificar.

 

Essa não é a primeira vez que Paulinho da Força é investigado. Segundo a PF, em setembro deste ano, ele teria participado em suposto esquema de fraude em um processo de contribuições sindicais. A operação em São Paulo cumpre nove mandados de busca e apreensão contra empresários que emitiram notas fiscais frias para Aécio Neves entre 2014 e 2017. Os mandados são cumpridos na cidade de São Paulo e também interior do estado.

 

Batizada de ROSS, essa operação faz parte do inquérito 4519, que tem como relator no Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio Mello. O nome da operação faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.

 

O inquérito apura crimes de corrupção supostamente cometidos pelo senador Aécio Neves, com base nas delações de Joesley Batista e Ricardo Saud. Os executivos do grupo J&F relataram repasse de propina de quase R$ 110 milhões ao senador Aécio Neves. Informações do G1.