Em sua primeira entrevista após a investigação jornalística Pandora Papers revelar uma empresa offshore em seu nome em um paraíso fiscal, o ministro da Economia Paulo Guedes garantiu que não cometeu nenhum tipo de irregularidade. Em Washington (EUA) para participar da reunião anual do FMI e Banco Mundial, Guedes falou para a CNN Internacional que “não fez nada de errado” e que sua offshore é “legal, reportada ao Comitê de Ética da Presidência, declarada na Receita Federal e registrada no Banco Central”. “Eu saí do comando da empresa semanas antes de assumir o ministério. E além disso, na semana passada, a Suprema Corte brasileira arquivou o caso”. De acordo com a invstigação, Guedes fundou a Dreadnoughts International, uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe, em setembro de 2014. Meses depois, o atual ministro aportaria cerca de US$ 9,5 milhões – o equivalente, hoje, a mais de R$ 50 milhões – na conta da offshore, numa agência do banco Crédit Suisse, em Nova York. Ainda durante a entrevista, o ministro anunciou que o Brasil criará um pacote de US$ 2,5 bilhões em infraestrutura verde a ser anunciado na COP26, em Glasgow, no começo de novembro. “Será um pacote de 2,5 bilhões de dólares. Sabemos que o futuro é verde e digital, e nós estaremos lá. O Brasil é uma potência verde e o quarto maior mercado digital do mundo”, disse.