O ministro da economia, Paulo Guedes, está preparando uma série de medidas no setor econômico do país, no entanto, ele atrela a implementação das medidas à ordem das contas públicas, através da aprovação da reforma da Previdência.

Durante sua entrevista à Globonews, na noite da ultima quarta-feira (17), ele citou alguns pontos da medida: “Tem coisas excelentes sendo preparadas, como choque de energia barata, o pacto federativo, a redução e simplificação dos impostos, as privatizações”.

Sobre a reforma da Previdência, Guedes disse que o governo tem uma estratégia para a aprovação da reforma: “Eu não posso falar onde a gente cede. A gente tem uma estratégia de negociação. A gente está preparado para ceder em algumas coisas e não ceder em outras”.

Em relação a reforma tributária, o ministro revelou que o secretário da Receita, Marcos Cintra, estuda unificar tributos para criar um imposto único federal, unindo por exemplo a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Paulo Guedes comentou sua liberdade para atuar: “Por enquanto não posso me queixar. Eu não fui atingido na minha autonomia”.

O polêmico reajuste do diesel também foi tema da entrevista, onde o ministro assegurou que o presidente Jair Bolsonaro não pediu ao presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, para suspender o reajuste do diesel na última sexta-feira (12), “Em nenhum momento ele mandou suspender o reajuste. O presidente da Petrobrás é que teve a atenção de explicar para o presidente e depois, o jogo que segue”, disse.

Guedes disse ainda que a situação não aconteceu da melhor forma. “É natural que ele como presidente se precipite. Aconteceu da melhor forma? Claro que não”.

O ministro reafirmou que o governo tem compromisso em não manipular preços e aumentar a transparência da Petrobrás. Ontem (17), a empresa anunciou o aumento de R$ 0,10 por litro de diesel nas refinarias. O valor do combustível sobe dos atuais R$ 2,14 para R$ 2,24, em média, nos 35 pontos de distribuição no país.