O PDT, partido do candidato à Presidência Ciro Gomes, derrotado em 2018, decidiu que vai se posicionar contra a proposta de mudança nas regras de aposentadoria no Congresso. A sigla, que tem 32 parlamentares no total, fechou questão sobre o tema durante reunião do Diretório Nacional, nesta última segunda-feira (18).

Com a decisão, os 28 deputados e quatro senadores terão de votar contra a reforma da Previdência ou poderão ser punidos pela Executiva do partido. Além de decidir sobre o tema, o PDT reconduziu Carlos Lupi à presidência da sigla.

Ciro não compareceu à reunião em Brasília, mas também foi reeleito vice-presidente da agremiação e enviou um vídeo aos correligionários. Na mensagem, o ex-governador do Ceará disse que tem percorrido o Brasil para mobilizar a militância e que é importante debater a reforma de forma descentralizada, nos estados e municípios.

A reforma da Previdência foi entregue pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), no dia 20 de fevereiro. A proposta ainda precisa ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que vai avaliar se o texto não fere a Constituição e pode seguir tramitando.

Se a constitucionalidade for aprovada, o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) passará a ser discutido em uma comissão especial, que deve ser criada por Maia.

O colegiado que vai analisar a PEC em primeiro momento foi instalado na semana passada. O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), deve escolher o relator da matéria após a chegada do projeto de lei que aborda as regras de aposentadoria dos militares, prometido pelo governo para ser apresentado até quarta (20). Informações da Metrópoles/ Foto Vinícius Rosa