Foto: Marina Silva/CORREIO

As mulheres que desejam doar leite materno podem se candidatar no Banco de Leite Humano mais próximo. Quem não amamenta também pode ajudar os Bancos de Leite Humano com a doação de potes de vidros. Os vidros devem ter tampa plástica, como as usadas em café solúvel. Não importa o tamanho, mas é essencial que seja de vidro e com tampa plástica.

Roberto Santos registra aumento de 574% nas doações de leite 

No Banco de Leite do Hospital Roberto Santos, a quantidade de leite coletada cresceu 574% em dois anos. Em julho deste ano foram 64.240 ml coletados contra 9.520 ml coletados no mesmo mês de 2020. O número de doadoras de leite materno também deu um salto de 182%, saindo de 28 em julho de 2020 para 79 em julho deste ano.

Em 2020, o hospital registrou uma redução significativa nas doações, quando foram doados 172.949 ml de leite materno. Em 2021, o número subiu para 711.375 ml. Já neste ano, no primeiro semestre, foram doados 415.406 ml de leite. No total, 822 bebês já receberam doações em 2022, com 711 doadoras.

A enfermeira Ana Carolina Meireles, que trabalha no banco de leite do HGRS, afirma que para doar, a mulher tem que estar amamentando o próprio filho e sem problemas de saúde que contraindiquem a amamentação. Além disso, exames sorológicos são solicitados, entre eles de HIV e HTLV.

A profissional relata ainda o quanto as mulheres ficam felizes por compartilhar o leite com outros bebês: “Tem doadoras que quando têm de encerrar a doação por algum motivo, elas ficam super tristes, querem doar e ajudar mais. É um ato de solidariedade, elas não recebem nada e ajudam muito os bebês. A gente faz um certificado para elas de doadoras e elas ficam maravilhadas. É uma atitude muito linda”.

Confira lista de bancos e posto de coleta no estado:

Iperba; Maternidade Climério de Oliveira; Hospital Geral Roberto Santos; Maternidade José Maria de Magalhães Netto; Hospital Estadual da Criança; Hospital Manoel Novaes; Hospital Esaú Matos; Hospital Inácia Pinto; e Posto de coleta Maternidade Tsylla Balbino.

Inserção de alimentos na vida do bebê

A pediatra Lis Thomazini, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que deve-se inserir alimentos na vida do bebê depois dos seis meses e que o prato da criança deve ter um legume (abobrinha, cenoura, abóbora), alguma verdura (brócolis, rúcula, acelga) e um carboidrato (arroz, feijão, batata).

“Coloca esses cinco alimentos no prato, amassa com o garfo e adiciona o azeite de oliva. Não pode sal, suco ou chá, nada com açúcar. Também não pode bater alimentos no liquidificador, processador ou peneira”, detalha.

Segundo a médica, as mães que antes dos seis meses não conseguem mais amamentar seus filhos devem ser orientadas pelo pediatra a substituir o leite materno por uma fórmula adequada para a idade da criança. Correio da Bahia