Foto : Camila Lima/SVM

O Brasil fechou o mês de outubro com 16.016 mortes pela Covid-19, mostram dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias de Saúde do país. É a primeira vez desde abril que o país termina um mês com menos de 20 mil mortes pela doença, e o terceiro mês consecutivo com queda no número de óbitos pela Covid-19.

“O número [de mortes] abaixo de 20 mil significa que a epidemia realmente está desacelerando, que é o que seria esperado. Então a tendência é de redução”, afirma o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

A queda vista em outubro vem depois do segundo mês com menos de 30 mil mortes pela Covid-19. O recorde de óbitos em solo brasileiro foi visto em julho, quando 32.912 pessoas perderam a vida para a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

O dado referente a este mês foi calculado subtraindo-se as mortes totais no dia 30 de setembro (143.886) do total de mortes até 31 de outubro, que era de 159.902 até as 20h. Os números dos meses anteriores foram determinados com a mesma metodologia.

Aumento do contágio

Na terça-feira (3), pela primeira vez em seis semanas, a taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil ficou acima de 1, segundo o Imperial College de Londres. O índice, simbolizado por Rt, ficou em 1,01– o que significa dizer que cada 100 pessoas infectadas transmitem a doença para outras 101. Isso significa, na prática, um avanço no contágio da doença.

Segundo a margem de erro do monitoramento britânico, a taxa de transmissão no país pode ser maior (Rt de até 1,09) ou menor (Rt de até 0,92). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 109 ou 92, respectivamente.

Para Pedro Hallal, da UFPel, apesar da queda que tem sido vista no número de mortes, ter o R acima de 1 novamente é preocupante. “R acima de 1 significa que todo esse progresso que nós obtivemos até agora pode ser perdido se o R se mantiver crescendo, porque aí nós vamos aumentar o número de mortes, infelizmente, em pouco tempo”, avalia. G1