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Após quatro anos de altas consecutivas, o número de mortes de homens entre 15 e 24 anos de idade por causas externas ou violentas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.) registrou queda de 6,5% na Bahia, segundo dados divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram 3.206 óbitos em 2018, ante 3.430 registros no ano anterior. Mesmo assim, o estado ainda é líder nacional nesse indicador, pelo terceiro ano seguido.

Desde 2015, a Bahia tem o maior número absoluto de homens jovens mortos por causas não naturais no país. Em segundo lugar fica São Paulo, o estado brasileiro mais populoso, onde, por outro lado, o número de homens jovens mortos por causas externas ou violentas tem apresentado quedas sucessivas no período, chegando a 2.690 em 2018.

O resultado da Bahia vai na contramão do visto em todo o país: frente a 2017, o número de homens de 15 a 24 anos mortos por causas violentas caiu no Brasil como um todo (de 27.596 para 24.031, menos 3.565 mortes ou -12,9%) e em 22 dos 27 estados.

Ainda segundo o IBGE, a chance de um homem de 20 anos não chegar aos 25 anos na Bahia é quase 16 vezes maior que a de uma mulher: em 2018, enquanto 1.870 homens de 20 a 24 anos de idade morreram por causas externas ou violentas no estado, 118 mulheres tiveram o mesmo destino. Ou seja, 15,8 homens de 20 a 24 anos morreram por causas externas ou violentas para cada mulher na mesma faixa etária.

A taxa de sobremortalidade é maior que a registrada no país como um todo: em 2018, um indivíduo do sexo masculino de 20 anos tinha, aproximadamente, 11 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que um indivíduo do sexo feminino.