Agência Brasil

Pelo terceiro mês seguido, a prévia da inflação na Região Metropolitana de Salvador foi puxada por altas nos combustíveis (4,43%) e alimentos consumidos em casa (0,80%), segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o IBGE, a prévia da inflação aumentou menos que a de março e ficou em 0,58%. A gasolina (4,74%) continuou como principal pressão inflacionária, seguida pelo aluguel (1,32%) e o gás de botijão (1,93%).

No acumulado de janeiro a abril de 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) da RMS está em 2,53%. O índice abaixo do índice do Brasil como um todo (2,82%) e é o segundo menor entre os 11 locais pesquisados.

De acordo com o instituto, nos 12 meses encerrados em abril, o índice acumula alta de 5,53% na RMS. Continua acelerando, mas ainda se mantém menor que o indicador nacional (6,12%) e é o terceiro mais baixo entre as áreas.

Apesar de mostrar desaceleração em relação a março, quando o IPCA-15 havia sido de 0,88%, o índice ficou bem acima do registrado em abril do ano passado (0,09%). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 16 de março e 13 de abril.

Confira mais dados sobre a prévia da inflação na Região Metropolitana e Salvador:

  • O IPCA-15 de abril na Região Metropolitana de Salvador foi resultado de aumentos nos preços médios de seis dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.
  • Assim como já havia ocorrido em fevereiro e março, os transportes tiveram a maior alta em abril (1,82%) e foram mais uma vez a principal pressão na prévia da inflação do mês.
  • Os combustíveis (4,43%) seguem puxando o grupo e a alta do custo de vida em geral na Região Metropolitana e Salvador.
  • A gasolina (4,74%) foi pelo terceiro mês consecutivo o item que individualmente mais contribuiu para o aumento do IPCA-15, acumulando um avanço de 20,45% no ano de 2021.
  • Assim como em março, o grupo alimentação e bebidas (0,52%) exerceu a segunda maior pressão de alta no IPCA-15 de abril, na RMS – mesmo mostrando também desaceleração no ritmo do aumento (havia sido de 0,90%no mês anterior).
  • grupo foi puxado pelos produtos consumidos em casa (0,80%), uma vez que a alimentação fora mostrou deflação média (-0,265). Panificados (3,05%), leite e derivados (1,65%) e aves e ovos (1,68%) estiveram entre as principais pressões de alta.
  • Dois outros aumentos significativos no IPCA-15 de abril foram o aluguel residencial (1,32%) e o gás de botijão (1,93%). Este último acumula alta de 13,59% no ano de 2021.
  • Os dois lideraram os impactos inflacionários no grupo habitação (0,30%), que só não aumentou mais porque foi puxado para baixo pela deflação da energia elétrica (-1,64%), que teve a terceira queda média de preços consecutiva e foi o item que individualmente mais contribuiu para segurar a alta do IPCA-15 em abril.
  • Os três grupos de produtos e serviços com deflação na prévia do mês foram comunicação (-0,40%), puxado pelos aparelhos telefônicos (-1,95%); educação (-0,17%), puxado pelos cursos de atividades físicas (-2,39%); e despesas pessoais (-0,03%), puxado pela hospedagem (-2,71%). G1