Agência Brasil

Um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entre abril de 2020 e abril, deste ano aponta que a Bahia teve aumento de 18% no número de pequenos empreendedores, passando de 540.932 registros para 642.540. Muitos atuam exclusivamente pela internet. Além da possibilidade de ampliar as vendas, as plataformas virtuais servem como alternativa para pessoas que perderam o emprego ou parte dos lucros na pandemia.

Um deles é Raul Oliveira, que mora na cidade de Xique-xique, no norte da Bahia. Ele uniu a religiosidade com a vontade de ter o próprio negócio e desde junho de 2020 passou a vender artigos católicos na internet. “Ser um microempreendedor me deu muitos benefícios. Me permitiu acesso a produtos, empresas e serviços bancários”, disse.

Ingrid Machado se tornou mãe durante a pandemia e decidiu abrir uma loja virtual de joias terapêuticas, para trabalhar em casa. “Hoje, representa 100% da minha renda. Através das plataformas digitais, consigo fazer todas as minhas vendas”, disse.

Regina Vieira tem uma empresa de instalação elétrica em Salvador há 8 anos, que atende outras empresas e residências. Na pandemia, ela resolveu oferecer o serviço nas plataformas virtuais, com objetivo de ampliar o negócio e captar novos clientes. “Nós temos captado um recurso, em apenas um mês, superior a todo o ano de 2020”, relata. Segundo o Sebrae, 87% dos pequenos empreendedores pretendem permanecer ou comercializar produtos nos meios digitais.

“Eles começaram a acessar as redes sociais para ampliar a clientela, e muitos desses aprenderam o lado positivo de estar online”, relata a gerente do Sebrae, Isabel Ribeiro.
A pesquisa também aponta que, com as medidas restritivas e a crise econômica, 70% dos empresários ouvidos na pesquisa tiveram sofreram redução a no faturamento. “A queda do emprego formal tem levado a essa constituição do empreendedorismo, em grande parte, por necessidade”, conclui Isabel. G1