O endividamento das famílias registrou a quinta alta consecutiva em maio, de acordo com um levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quarta-feira (12). No mês passado, o percentual de famílias brasileiras endividadas alcançou 63,4%, um aumento de 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação a abril (62,7%).

Trata-se do maior percentual desde setembro de 2015 (63,5%). Na comparação com maio do ano passado, o crescimento apurado foi de 4,4 pontos percentuais. O indicador considera dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

Já a proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso, ou seja, inadimplentes, passou de 23,9% em abril para 24,1% maio, o maior percentual desde maio de 2018. Já o número de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas em atraso, permanecendo inadimplentes, ficou estável em 9,5% na comparação com o mês anterior, e teve uma baixa de 0, 4 p.p. na comparação com maio de 2018 (9,9%).

Entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas ficou estável em maio de 2019, mantendo-se em 29,3%. Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 62,9 dias em maio de 2019 – inferior aos 64,4 dias de maio de 2018.

O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de sete meses, sendo que 25,3% delas estão comprometidas com dívidas de até três meses e 31,3%, por mais de um ano. O cartão de crédito foi mais uma vez apontado como o principal tipo de dívida por 78,6% das famílias endividadas, seguido por carnês (15,8%) e financiamento de carro (10,5%).

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores. G1