Um laudo da Polícia Federal (PF) aponta que um curto-circuito ocasionado pelo superaquecimento de um aparelho ar-condicionado foi a causa do incêndio no Museu Nacional, em setembro de 2018, no Rio de Janeiro. De acordo com informações do Estado de S. Paulo, o documento, ao qual o jornal teve acesso, será um dos elementos utilizados pela PF para concluir o inquérito aberto sobre o caso.

Até então está descarta a possibilidade de incêndio criminoso, mas os investigadores ainda irão analisar se houve negligência por parte da administração. Ainda segundo a publicação, além do laudo pericial, as autoridades irão levados em consideração também outras provas colhidas, como depoimentos.

Segundo o jornal, para investigar as causas do incidente do Museu Nacional, a PF contou com peritos de várias especialidades, dentre eles um especialista em incêndios originários de instalações elétricas, três especialistas em incêndios de grandes proporções, dois peritos treinados para reconstituição em 3D e outros dois profissionais especializados em perícia em “local de crime”, treinados para encontrar vestígios.

Durante a investigação, o local foi reconstituído em laboratório, para facilitar a interpretação de todos os acontecimentos anteriores ao início do incêndio e a dinâmica que ocasionou a destruição de todo o prédio.

Nesta etapa, segundo uma fonte do jornal, os peritos notaram que o primeiro sinal de fumaça foi visto em uma sala no segundo andar do museu, onde ficava a sala que abrigava a reprodução do esqueleto do dinossauro Maxakalisaurus topai. O ar-condicionado apontado pelo laudo como foco do incêndio estava localizado exatamente abaixo deste local.