EC Bahia

Além de importante para quebrar a má fase do Bahia, a partida do próximo domingo, contra o Palmeiras, terá um gosto especial para o goleiro Douglas. Há dois anos no clube, o defensor vai completar 100 jogos no Tricolor. Marca que vai fazer Douglas ampliar os números no Bahia, como o clube em que mais jogou na carreira. Aos 30 anos, ele conquistou dois títulos do Campeonato Baiano pelo Esquadrão.

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira, Douglas posou com a camisa comemorativa e não escondeu a satisfação pela marca alcançada.

– Marca muito importante para a minha carreira. É o clube que mais partidas eu defendi. Para mim, é uma marca importante, porque sempre tive esse desejo de passar pelos clubes e deixar um legado, uma história bonita, fazer uma história. Acredito que, não só por essa marca, mas pelo que tenho vivido nesses 100 jogos no Bahia, eu me alegro de atingir essa marca em um clube como o Bahia – disse Douglas.

Apesar de comemorar a marca, o goleiro acredita que a trajetória pelo Bahia tem muito mais a somar. Com contrato até o fim de 2020, ele também reafirmou o desejo de continuar no clube e seguir escrevendo a sua história.

– Não consigo definir esses quase dois anos em um momento. Vivi vários momentos dentro de campo, de fazer parte de desse processo de devolver esse orgulho para a torcida, de conhecer a história do clube, a história de vários funcionários que estão aqui e que já partiram, que vincularam sua história ao clube. O que posso dizer é que, recordando tudo o que passei aqui no Bahia, de altos e baixos, foram dias maravilhosos e que vou recordar e levar para toda a minha vida e vou passar para todas as gerações da família Friederich.

Acredito que, nessas duas temporadas, não tenho somente números, não tenho somente títulos aqui… Estou satisfeito com o que tenho vivido aqui no Bahia. Meu desejo é continuar construindo a minha história dentro da história do Bahia. Claro que isso não depende só do Douglas, tem que haver o desejo também do clube. Enquanto eu estiver no Bahia, vou continuar sendo esse Douglas, que se empenha pelo clube, que se empenha pelas causas do clube e que não se move só pelos números. Não deixa os números de lado, mas não se move só por isso. Que eu não deixe só títulos, mas deixe um legado de um bom atleta, um bom homem que passou pelo Bahia.

E nada mais natural DO que desejar completar 100 jogos por um clube com uma vitória. Só que a tarefa do Bahia é das mais complicadas. Além de encarar o vice-líder do Campeonato Brasileiro, o Tricolor atravessa o seu maior jejum na competição, com seis jogos sem vencer (apenas dois pontos conquistados). Para Douglas, uma fase que chateia não só a torcida, mas também os jogadores.

– Não é só a torcida que está chateada, por mais que ela pense que a gente deixou de se empenhar ou de fazer algo. Não, a gente tem se empenhado, se dedicado, sofrido por essa perda de rendimento, por esses jogos que temos tido percentual de acertos menor, de erros maior, e, por consequência, temos tido irregularidade dentro das partidas, que leva a resultados ruins. A gente continua confiante internamente, mesmo com a desconfiança da torcida, que é normal, que a gente entende, porque criou uma expectativa grande. Cabe a nós sustentar essa…defender essa torcida que nos cobra, que nos pressiona, mas que também nos trouxe aqui, nos apoiou. E a gente tem certeza de que, quando os resultados verem, eles vão se animar e nos apoiar de maneira mais efetiva. Nosso desejo é aproveitar a oportunidade que temos domingo. Não podemos trazer um peso maior do que o que passou. Temos que segurar o peso de enfrentar o Palmeiras em nossa casa e ter desejo de vencê-los, sabendo que temos a capacidade, porque já enfrentamos o Palmeiras e outras equipes tão grandes quanto.

Bahia enfrenta o Palmeiras às 16h (horário de Brasília) deste domingo, na Arena Fonte Nova. Como mandante, a sequência do Tricolor não é boa. Time não vence há cinco jogos (pior série no ano) e tem a 13ª campanha no quesito. Globoesporte