Foto: Maurício Guardim

A Polícia Federal concluiu a investigação sobre o vazamento de óleo que atingiu praias de 11 estados em 2019 e indiciou a empresa, um comandante e um chefe de máquina de um navio grego apontado como responsável pelo despejo de material na costa brasileira.

Em agosto de 2019, as primeiras manchas de óleo chegaram às praias do Nordeste e até março de 2020 se espalharam em mais de 2.000 km de extensão. A estimativa do Ibama é que 5 mil toneladas de resíduos tenham sido recolhidos em pouco mais de 1.000 localidades em 11 estados.

Segundo relatório final da PF, o cálculo de dano é de que pelo menos R$ 188 milhões para o governo federal. Um laudo do valor total que vai considerar outros fatores também está sendo elaborado.

De acordo com a Polícia Federal, a investigação aponta que o navio NM Bouboulina, de bandeira grega, foi responsável pelo vazamento e que a empresa Delta Tankers, o comandante Konstantinos Panagiotakopoulos e o chefe de máquinas Pavlo Slyvka deixaram de comunicar às autoridades o lançamento do material no oceano.

Os dois tripulantes e o dono da Delta, responsável pelo navio, foram indiciados em crimes previstos na lei ambiental. A PF também recebeu conteúdo de uma apuração administrativa feita pela Marinha que apontava na mesma linha. (BN)