Foto : Cleia Viana/Agência Câmara

A Polícia Federal descobriu conversas na deep web que apontam, desde 2018, ameaças de morte e planos contra a deputada federal Talíria Petrone (PSOL). O caso foi revelado nesta quinta-feira (27), pela assessoria do partido na Câmara dos Deputados.

Em nota, a PF informou que entrou em contato com a polícia legislativa e com o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM) para sugerir proteção policial para a deputada, que está em seu primeiro mandato.

Também foi sugerido ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), que dedique escolta policial à deputada. No entanto, de acordo com o colunista do jornal O Globo Ancelmo Góis, o pedido, reforçado em pelo menos três oportunidades, foi ignorado.

Antes de ser deputada federal, Talíria já foi vereadora na cidade de Niterói (RJ) e recebeu ameaças pelas redes sociais. No caso investigado pela PF, segundo ela, a gravidade foi maior.

“Desde o mandato de vereadora a agente já viveu muitas situações de ameaças seja na internet até no período da campanha para deputada, quando teve gente armada na porta do comitê”, relata Talíria Petrone, que recebe escolta de agentes da polícia legislativa.

A assessoria do PSOL na Câmara não entrou em detalhes sobre as ameaças, mas confirmou que as conversas faziam comparações dela com sua colega de partido Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, assassinada em 2018 junto com seu motorista, Anderson Gomes.