Dois secretários do governo do Pará foram presos na manhã desta terça-feira (29), em uma investigação sobre supostos desvios de recursos da Saúde. Um assessor do governador Helder Barbalho também foi detido. Foram presos:

  • Parsifal de Jesus Pontes – secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia
  • Antonio de Padua – Secretário de Transportes
  • Leonardo Maia Nascimento – assessor de gabinete do Helder Barbalho

Houve buscas no gabinete de Helder Barbalho, mas ele não é alvo de mandado – segundo a corporação, o pedido contra o governador não foi autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em nota, o governo do Pará disse que apoia qualquer investigação que busque proteger o dinheiro público.

Buscas em São Paulo

Em São Paulo, há buscas na Câmara Municipal da capital, contra o funcionário do gabinete de um vereador, e na Secretaria Estadual de Saúde, contra uma médica e uma advogada, funcionárias da pasta.

Os policiais também fazem buscas no Hospital Geral de Carapicuíba e no Hospital Municipal Antônio Giglio, em Osasco – ambos na Grande São Paulo – e nas Santas Casas de Birigui e na de Penápolis, no interior do estado.

Segundo a PF, a investigação mira 12 contratos firmados entre o governo do Pará e organizações sociais para administração de hospitais públicos do Pará, inclusive os hospitais de campanha criados por conta da pandemia do coronavírus. Os contratos somam R$ 1,2 bilhão.

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Foram expedidos 76 mandados de prisão, 12 deles pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e 64 pelas Varas de Birigui e Penápolis, cidades do interior de São Paulo, e 278 de buscas. Os nomes dos alvos não foram divulgados.

Os mandados são cumpridos no Pará, em Goiás, em São Paulo, no Paraná, em Minas Gerais e em Mato Grosso do Sul. Além da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e o Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo participam da operação. G1