Depois do aumento da popularidade do presidente Jair Bolsonaro com o auxílio emergencial de R$ 600, o Palácio do Planalto agora testa o discurso para calibrar a redução do benefício. Na semana passada, em Mossoró, o próprio Bolsonaro já antecipou o prolongamento do auxílio até dezembro, mas com um valor menor.
Integrantes do núcleo político do governo já falam no valor de R$ 300 para as novas parcelas até o fim do ano. Mas os cálculos estavam sendo fechados pela equipe econômica, que inicialmente sinalizava com um novo valor de R$ 200, diante da rombo nas contas públicas.
Há preocupação entre integrantes do governo em comunicar bem a extensão do benefício para evitar desgaste político com a redução do valor.
“O auxílio emergencial teve um efeito positivo na aprovação do presidente Bolsonaro. Por isso, tudo tem que ser bem explicado: da redução ao fim do benefício, para evitar um anticlímax na população”, explicou um líder da base governista.
Por isso, dentro desse pacote que deve ser anunciado amanhã, o programa Renda Brasil, substituto do Bolsa Família, também deve ser divulgado.
“É fundamental apresentar o fim do auxílio ao mesmo tempo do programa Renda Brasil. Isso mostra que o governo estará atento nesse campo assistencial”, reforçou um auxiliar do governo. Por Gerson Camarotti