Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) abordaram, na madrugada desta quinta-feira (10), um policial militar, que estava fora de serviço, com duas armas e colete balístico, em uma motocicleta, próximo do Shopping Paralela. A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que o PM foi conduzido até a Corregedoria da corporação, no bairro da Pituba, onde prestou esclarecimentos.

Ainda de acordo com informações da SSP, as equipes do Bope voltavam de uma reunião de alinhamento quando avistaram um homem parado e agachado na Avenida Tamburugy, ao lado de uma moto, por volta da meia noite.

“As equipes se aproximaram e fizeram a abordagem. Não houve resistência e o PM foi conduzido sem maiores problemas. Naquela mesma região, um pouco mais cedo, um ônibus tinha sido parado por uma dupla, em uma motocicleta. O veículo acabou atravessado na pista. Diante disso, estamos atentos com situações suspeitas”, contou o comandante do Bope, major Clédson Conceição.

No momento da abordagem, soldado portava duas armas e um colete. O militar, assessorado por advogados da Aspra, foi liberado após comprovar que as armas e o colete estavam em situações regulares.

Ataques a ônibus e pontos comerciais em Salvador começaram a acontecer depois que um grupo de policiais militares anunciou “greve por tempo indeterminado”, o que ainda é negado pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Segundo o coronel Anselmo Brandão, comandante da Polícia Militar da Bahia, nenhuma falta foi registrada no Estado.

Ataque em Tancredo Neves
Na manhã desta quinta-feira (10), o Correio encontrou mais dois estabelecimentos comerciais que foram atacados no bairro de Tancredo Neves, em Salvador. Eles ficam exatamente em frente à loja O Boticário, que também foi alvo de um ataque durante a madrugada de quarta-feira (9). Desta vez, sequer esperaram a madrugada.

A loja Beleza Pura e a OMG Artigos e Doces foram arrombadas e saqueadas ainda na noite de ontem, por volta das 20h. Contudo, o arrombamento deixou surpreso o dono da OMG, que preferiu não se identificar. O comerciante, que é proprietário do ponto há dois anos, contou que soube do ataque pelos vizinhos, mas não chegou a tempo de evitar.

“Levaram doces, bombons. Quando cheguei, a porta estava caída mas não tinha mais ninguém”, se limitou a dizer o homem, que, desde a madrugada, improvisou a instalação de um gradil para proteger o que restou. Ele sequer sabe ao certo o total do prejuízo, mas garante que vai continuar com o negócio.

Na Beleza Pura, os danos também ainda não foram calculados. Na manhã desta quinta (10), vendedores que realizavam a checagem dos produtos na parte interna do estabelecimento não quiseram falar. Já O Boticário, que amanheceu com a estrutura da fachada completamente restabelecida, ainda não abriu as portas. Correio da Bahia