O sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, de 48 anos, preso na manhã desta terça-feira (12) por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, mora no mesmo condomínio que o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A prisão preventiva foi decretada pelo juiz-substituto do 4º Tribunal do Júri Guilherme Schilling Pollo Duarte, após denúncia do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ.

Junto com ele, foi preso o ex-PM, Elcio Vieira de Queiroz, que estaria com Lessa na ação que executou Marielle.

As prisões ocorreram por volta das 4h. Os investigadores foram à casa de Lessa, no condomínio de Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio Costa, 3.100, onde Bolsonaro tem um imóvel.

De acordo com a denúncia das promotoras Simone Sibilio e Leticia Emile, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos.

“É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia. A barbárie praticada na noite de 14 de março de 2018 foi um golpe ao Estado Democrático de Direito”, diz a denúncia.

O MP também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson até completar 24 anos de idade.