Foto: Humberto Filho/Cecom Imprensa

Três policiais militares suspeitos de atuarem em um grupo miliciano na Bahia foram transferidos do Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), para o Presídio Federal de Campo Grande, na capital do Mato Grosso do Sul, nesta última terça-feira (16). A transferência foi determinada pela Justiça por considerar a periculosidade dos acusados.

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) divulgou os nomes dos policiais: Jackson Macedo Araújo Júnior, Josenilson Souza da Conceição e Roque de Jesus Carvalho. Eles são denunciados com mais 12 pessoas no âmbito da “Operação El Patron”.

O grupo responde pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada, todos cometidos na região de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador.

Autor da denúncia, o MP-BA afirma que os três policiais são apontados por formar o núcleo armado da organização criminosa, usando violência para cobrar dívidas decorrentes das atividades ilícitas do grupo, especialmente a agiotagem e o jogo de azar.

As investigações indicam que, juntos, eles teriam movimentado quase R$ 15 milhões, além de serem proprietários de bens e imóveis não declarados — valor e patrimônio incompatíveis com a renda declarada oficialmente.

A operação de transferência contou com agentes de diversos setores, como o MP-BA, Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de Execução Penal (Gaep), a Polícia Federal e a Força Correcional Integrada (Force/Coger) da Secretaria de Segurança Pública (SSP). As celas que os PMs ocupavam também passaram por buscas e um celular foi encontrado. O aparelho será periciado para extração e análise do conteúdo. G1