A Polícia Civil se prepara para concluir as investigações sobre o assassinato da líder quilombola, Mãe Bernadete. O crime aconteceu há dois meses, na noite de 17 de agosto, dentro do Quilombo Pitanga dos Palmares, localizado no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Em setembro, a corporação solicitou a prorrogação do inquérito por mais 30 dias, pedido que foi concedido pelo Ministério Público.
Ao Bahia Notícias, a PC informou que não fará um novo pedido de adiamento e que detalhes não estão sendo divulgados a fim de preservar as apurações. A apuração deve ser finalizada com dois mandados de prisão em aberto para serem cumpridos. Outras três pessoas acusadas de envolvimento no crime foram presas.
Em coletiva de imprensa realizada no dia 4 de agosto, a delegada-geral Heloísa Britto afirmou que está claro para as forças policiais que duas pessoas cometeram o homicídio. Entre os presos, a delegada aponta que um foi preso no interior, na cidade de Araçás – ele seria um dos executores -, e outros dois foram alcançados na região de Simões Filho. Ainda conforme as informações reveladas, apenas o suspeito apontado como executor já tinha passagem pela polícia.
Na época, a delegada-geral afirmou que o suspeito revelou o motivo de ter cometido o crime, mas ainda seria necessário verificar a veracidade das declarações. Seis anos antes de Mãe Bernadete ter sido assassinada, o filho dela, Binho do Quilombo, foi morto da mesma forma, com diversos tiros dentro do quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho. Apesar do caso ter sido levado para a Polícia Federal, ninguém foi preso e o crime segue sem solução. (BN)