Um ex-deputado estadual Domingos Brazão (ex-MDB) é citado entre os suspeitos de ser um dos possíveis mandantes do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), de acordo com um trecho do inquérito da Polícia Federal que investiga a obstrução da investigação sobre o crime.

Fontes ligadas ao caso afirmaram ao site UOL que essa é uma das linhas de apuração que constam no inquérito da Delegacia de Homicídios da Capital.

A PF abriu uma investigação para o trabalho da Polícia Civil após solicitação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ela indicou o surgimento de suspeitas de que haveria ações para desviar o foco das investigações.

De acordo com a Folha, até o momento Brazão era suspeito apenas de plantar uma testemunha para incriminar o vereador Marcello Siciliano (PHS), adversário pela hegemonia eleitoral em áreas da zona oeste do Rio dominadas por milícias.

Brazão, que é ex-parlamentar e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido por agentes da PF no último dia 21 de fevereiro, conforme apurado pela Folha. Em junho de 2018 Brazão chegou a prestar depoimento à DH, onde negou qualquer relação com o caso Marielle.