A Polícia Federal (PF), para não ver seus casos anulados analisa meios de evitar que casos como o do kit robótica, onde o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, considerou que o fato de haver menção ao presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), no início da investigação tornou as provas obtidas sem valor.
A decisão de Gilmar Mendes sobre o caso envolvendo Lira, conforme o Metropóles, foi considerada inédita para investigadores, já que não havia elementos de prova sobre ele no início da investigação, além do fato de ele ter indicado a verba através de emenda parlamentar.
Para não engessar o trabalho da PF, que é responsável por, nos estados, investigar desvios de dinheiro oriundo de emendas parlamentares, a direção estuda recomendar às superintendências questionar ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre qual a competência para começar uma investigação se houver qualquer menção a alguém com foro privilegiado.
A decisão de Gilmar Mendes de arquivar os inquéritos de todos os investigados pelas suspeitas de desvios com os kits de robótica — e não apenas de Arthur Lira, que tem foro privilegiado — gerou preocupação nos investigadores de que futuros inquéritos como esse sejam postos em xeque. Também causou incômodo o fato de Gilmar ter mandado devolver aos investigados todos os bens apreendidos no curso da investigação. Os R$ 4 milhões devem ter o mesmo destino. Bahia.Ba