Foto: Maiana Belo/G1

O diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), Marcelo Sansão, disse em entrevista nesta quinta-feira (13), que o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em ação policial na cidade de Esplanada, na Bahia, no domingo (9), estava sozinho no imóvel em que ele foi encontrado.

O delegado detalhou que houve suspeita de que homens estivessem dando cobertura para o ex-capitão do Bope, apontado como chefe do Escritório do Crime. Entretanto, durante a operação, foi constado que ele estava só no imóvel onde a ação ocorreu. O sítio onde Adriano foi morto pertence a um vereador do PSL na Bahia, que em nota afirmou não conhecer Adriano. O diretor do Draco destacou que o homem que apontou a localização do sítio, Leandro Abreu Guimarães, não era segurança de Adriano.

“Ele [Leandro] não era segurança. A gente não tem a informação de outros seguranças. Havia uma suspeita de que poderiam haver outras pessoas no local, dando suporte ao Adriano, mas isso não é confirmado na hora da abordagem. As equipes foram com essa suspeita, mas depois confirmaram que ele não estava com suporte de terceiros”, relatou.

Após a ação polícia, o secretário de segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, falou que outras pessoas tinham sido pegas na abordagem. “Foram pegas pessoas que estavam dando cobertura, com armamento na mão, que indicaram que ele (Adriano) estava em um terreno próximo. A polícia fez o cerco, e ele tava com a pistola na mão e reagindo”, contou o secretário.

Sobre a declaração, a assessoria da SSP-BA disse que “o secretário comentou que em outras edificações e na casa, por exemplo, em que Leandro foi encontrado, ele (Leandro) estava com esposa e outras pessoas, e que naquele momento a polícia imaginou que pudessem estar dando uma cobertura, um suporte. E nessa situação foi autuado em flagrante uma pessoa (Leandro), pela posse ilegal de arma de fogo. As outras não tinham nenhum envolvimento com as armas e foram liberadas”.

Em depoimento, Leandro alegou que foi obrigado por Adriano a levá-lo ao sítio onde posteriormente o miliciano seria morto na ação policial. Leandro foi preso no domingo (9), dia da operação que resultou na morte de Adriano. À polícia, ele relatou ser pecuarista, disse não saber dos atos ilícitos de Adriano. Três armas estavam na propriedade dele. À polícia, o homem disse que as armas eram herança de família e já estavam na propriedade há gerações. G1