Agência Brasil

Os líderes dos partidos do centrão deverão apoiar a reivindicação da bancada da bala na Congresso para aliviar as regras de aposentadoria dos profissionais da área de segurança. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade), os parlamentares estão costurando um acordo para que o relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB), proponha no seu relatório final uma norma mais branda para policiais federais, civis, rodoviários, seguranças do Congresso e agentes penitenciários e sócio educativos, apesar da posição contrário da equipe econômica.

Na primeira versão do parecer, o relator manteve a proposta do governo para a categoria, que fixa idade mínima de aposentadoria aos 55 anos (para homens e mulheres). O tempo mínimo de contribuição também foi mantido em 30 anos (homens) e 25 anos (mulheres). Contudo, o tempo exigido no exercício da função subirá um ano a cada dois anos, até atingir 25 anos (homem) 20 anos (mulher).

A categoria queria os mesmos benefícios das Forças Armadas, sem idade mínima de aposentadoria, pedágio de 17% sobre o tempo que falta para se aposentar pelas regras vigentes e integralidade (último salário da carreira) e paridade (mesmo reajuste salarial dos ativos). Mas a equipe econômica exige que esses profissionais arcam também com o ônus do projeto das Forças, como aumento de tempo de serviços para 35 anos.

Os deputados integrantes da bancada da bala estão resistentes e os líderes tentam negociar um solução intermediária com o relator. A ideia de incluir o ajuste nas regras dos policiais federais no relatório seria uma contrapartida para fechar o acordo com os partidos que apoiam a reforma de retirar todos os destaques ao texto principal na comissão. O objetivo é facilitar a votação da matéria no colegiado. Informações do Extra Globo