O senador e possível pré-candidato ao governo da Bahia, Jaques Wagner (PT), reforçou nesta quinta-feira (19) que janeiro é um bom prazo para a definição de sua chapa para a disputa ao Palácio de Ondina. O petista aproveitou a oportunidade para alfinetar o ex-prefeito de Salvador e pré-candidato, ACM Neto, ao sinalizar que as amarrações nacionais vão impactar a eleição em território baiano.
“Nacionalmente tem muita pedra se mexendo. Está se consolidando a polarização do atual presidente com o ex-presidente Lula. Tem repercussão forte na disputa estadual, não tenha dúvida disso. Há uma tendência de quem escolhe seu presidente querer um aliado dentro do governo do estado. Agora, tem gente que está sem candidato a presidente da república, então está nervoso. O ministro que é candidato pelo Republicanos tem o candidato dele, eu tenho meu candidato, ele [ACM Neto] não tem ninguém, está perdido no tabuleiro de xadrez”, disparou o senador durante conversa com a imprensa na manhã desta quinta-feira (20).
Mesmo com o indicativo para a definição da chapa, Wagner vê como natural o alongamento das conversas e defende que não há “uma data marcada” para o martelo ser batido. “Conversa de negociação política é sempre assim: vai conversando até chegar em um ponto que todo mundo está se sentindo bem representado. Eu acho que janeiro é um bom tempo. Agora, quando Rui fala que é outro, é óbvio, pode passar 5 dias, 10 dias, não tem data marcada, todo mundo está observando a cena política, o que acontece do nosso lado e do outro lado”, acrescentou.
O senador também foi questionado pelo Bahia Notícias sobre as atualizações de partidos que irão compor a base petista para as eleições de outubro. Segundo Wagner, o diálogo com o MDB está “andando”. O grupo político de Wagner e Rui vem disputando palmo a palmo com ACM Neto o apoio do MDB para o pleito.
“Eu sei da angústia de vocês da imprensa que querem sempre uma notícia nova, mas essas coisas são assim mesmo, o processo é demorado, a conversa está boa com todos os partidos. Agora, eu não posso garantir porque a decisão será sempre dos partidos, mas a conversa com o MDB está andando, as conversas com os partidos da base estão boas. Eu não vejo nenhuma chance dessa quebra de unidade do grupo”, pontuou. (BN)
