EC Vitória

“Precisamos agredir mais o adversário, mostrar quem é a equipe grande da Série C, que sei que o Vitória. Por isso aceitei esse desafio”. Palavras de Rodrigo Pastana, novo executivo de futebol rubro-negro, apresentado oficialmente nesta terça-feira (26) na Toca do Leão. Ele chega ao clube junto com o seu primeiro contratado: o técnico Fabiano Soares, que substitui Geninho e será o terceiro do Vitória no ano.

Pastana justificou a escolha pelo treinador, de pouco currículo no futebol brasileiro. “Fabiano tem metodologia, conheço ele há muito tempo. Sou um executivo voltado para a área técnica e tenho esse diferencial. Tenho certeza que vamos conquistar a confiança do torcedor com um modelo de jogo competitivo, agressivo”, argumentou.

Questionado sobre as mudanças que pretende implementar no elenco, o novo diretor de futebol sinalizou que a tendência é haver mais saídas do que chegadas de jogadores na Toca.

“É uma informação interna, mas posso te adiantar que, com 40 atletas, não dá para trabalhar, perde qualidade de treino. Terão alguns ajustes, alguns atletas serão emprestados, outros hoje talvez não queiram ficar aqui. A gente não sabe como eles reagem a três derrotas seguidas. Estamos avaliando, não com calma, a gente sabe da urgência. Com certeza o elenco será reduzido”, disse Pastana.

Sobre contratar, ele considera uma vantagem não haver janela de transferências na Série C, ao contrário das duas primeiras divisões nacionais, mas também não fez promessas. “Nós temos uma vantagem que é não ter janela. Nós podemos contratar, então vamos usar o benefício que temos de alguma forma. Vamos analisar esses três dias de treino para depois fazer uma nova reunião. Já tivemos uma hoje, para que a gente possa alinhar se há mesmo a necessidade”, comentou Pastana, que revelou ter sido convidado pelo Vitória no ano passado, quando, segundo ele, havia se comprometido com o CSA e não pôde aceitar.

Briga com Rhayner no Bahia
Em sua primeira entrevista no Vitória, Rodrigo Pastana foi lembrado também da briga que teve com o meia-atacante Rhayner quando ambos estavam no Bahia, em 2014. Na ocasião, o jogador foi afastado do clube, acusado de tentar agredir o dirigente.

Pastana tratou a situação como uma exceção em sua carreira e que não serve para definir seu trabalho. “Engraçado como são os rótulos que são nos dados no futebol. Todo mundo nessa hora lembra de entreveros, conflitos, mas todo mundo se esquece que ocupo um cargo de liderança, e, às vezes, tem esse tipo de ônus, ninguém se dá bem o tempo todo. […] A minha história contradiz a rejeição. Começa no início, mas quando ganha ninguém pede desculpa. Dez anos como executivo do futebol e cinco conquistas. Não ligo para os rótulos, sei que meu trabalho é de chefia e vou buscar fazer o melhor”. Correio da Bahia