O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, que apoiou o presidente eleito Jair Bolsonaro nas eleições deste ano, lamentou o anúncio da saída de médicos cubanos do programa Mais Médicos. A cidade deve perder 60 dos 80 profissionais que trabalham atualmente nas unidades de saúde locais. No entanto, o prefeito não chegou a citar Bolsonaro e atribui a decisão sobre a saída dos médicos ao governo federal cubano.

 

“Essa decisão de cuba pegou todos de surpresa. É uma situação grave para nosso país, mas principalmente para as cidades do interior. No caso de Ponta Grossa, a situação ainda é mais grave porque nós temos 60 médicos atendendo a população”, avaliou Rangel. Bolsonaro fez várias críticas ao programa e disse que iria mudar os termos de colaboração da iniciativa.

 

Jair Bolsonaro comparou a atuação dos médicos cubanos no Mais Médicos a trabalho escravo e garantiu que, quando assumir o governo a patir de janeiro de 2019, “o cubano que quiser pedir asilo aqui vai ter”. “Eu jamais faria um acordo com Cuba nesses termos. Isso é trabalho escravo, não é nem análogo à escravidão, é trabalho escravo, não poderia compactuar com isso daí”, disse Jair Bolsonaro em uma entrevista coletiva em Brasília.