A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, disse nesta segunda-feira (26), que os municípios da região metropolitana de Salvador ainda não têm previsão de retomada da Educação. Na última sexta (23), o prefeito Bruno Reis anunciou as aulas semipresenciais em Salvador. Segundo Moema, dois consórcios de Saúde formados por municípios da RMS – Metro Recôncavo Norte e Baía de Todos-os-Santos – se reuniram na última semana e avaliaram que ainda não é o momento adequado para o retorno das atividades educacionais. Representantes das secretarias da Educação e da Saúde do estado também participaram da reunião, além de técnicos das 12 prefeituras que integram os consórcios.

Os dados estatísticos da pandemia, como número de casos e taxa de ocupação de leitos, foram fatores decisivos. “Após apresentação dos dados da Saúde, nós entendemos que ainda não é o momento [de reabrir escolas]. Primeiro porque, no mês de março, nós tivemos mais de 3.200 mortes. Isso significa que foi um ponto fora da curva, porque vinha uma média de 1.500 mortes, que já é demais. Nós estamos em abril e continuamos com muitos casos acontecendo, muitos casos ativos em vários municípios. Não conseguimos ainda atingir o índice abaixo de 75% da ocupação de leitos de UTIs”, detalha a prefeita.

Moema acrescenta que o surgimento de novas variantes, mais agressivas e perigosas, além de “algumas dificuldades no ponto de vista da vacinação” também pesaram na decisão. “Começamos a vacinar no sábado por uma decisão da CIB, que é a Comissão Intergestores Bipartite do estado. Uma decisão justamente para valorizar cada vez mais as aulas presenciais, valorizar os educadores. Mas não é uma decisão do Ministério da Saúde. Não tem vindo vacinas do Ministério da Saúde para essa finalidade. E a gente tem recebido vacinas de forma irregular, nem sempre chega nos dias que estão marcados, e a quantidade que vem é muito pequena”.

Segundo ela, em contato com sindicatos dos trabalhadores da educação e a APLB, concluiu-se que não há condição marcar data para o retorno das aulas, antes que toda a categoria esteja imunizada contra Covid-19. “Não dá para retomar as aulas sem garantir a vacinação de todos”, reforça. Moema adianta que, ainda essa semana, uma nova reunião deve acontecer para que o assunto volte a ser discutido. G1