Agência Brasil

As três mulheres que tentaram subornar agentes de saúde para preenchimento indevido de cartão de vacinação contra a Covid-19, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, foram liberadas após pagamento de fiança, no valor de pouco mais de um salário mínimo. Uma das suspeitas foi liberada na tarde de sábado (20). As outras duas permaneceram na cadeia até o dia seguinte e saíram na tarde de domingo (21). Elas não tiveram nomes divulgados.

A princípio, o Ministério Público da Bahia havia arbitrado o pagamento de R$ 110 mil para cada, no entanto, a Justiça fixou o valor em R$ 1.100. De acordo com o delegado Leonardo Mendes, responsável pelo caso, elas pagariam R$ 1 mil em dinheiro para que uma técnica de enfermagem comprovasse a imunização com duas doses, em um cartão de vacina preenchido de modo irregular, sem que tomassem os imunizantes.

Esse valor seria apenas uma entrada para o total, que seria de R$ 10 mil, pagos em duas parcelas. Segundo a polícia, as mulheres não queriam se vacinar, mas precisavam do comprovante para terem acesso a um show sertanejo, realizado na região, no último fim de semana, e também para fazerem uma viagem para o exterior.

Além disso, uma delas alegou que tem um problema de saúde que a impede de ser vacinada contra o coronavírus, mas não apresentou nenhum laudo médico que ateste essa recomendação, conforme o delegado. Os advogados das mulheres acompanham o caso. Eles disseram ao g1 que o flagrante foi forjado. Segundo as investigações, as mulheres entraram em contato com a técnica, que combinou de fazer o serviço.

Antes de acertar com ela, o trio teria entrado em contato com outras profissionais da área. Após receber o contato das jovens, a técnica de enfermagem acionou as forças policiais. Quando elas chegaram ao local combinado, no ponto de vacinação no Bairro Santa Cruz, foram presas em flagrante por agentes da Guarda Municipal.

No momento da prisão, as três tinham o valor combinado com a profissional de saúde em espécie dentro do carro. Ainda conforme o delegado Leonardo Mendes, as três mulheres vão responder, em liberdade, por corrupção ativa. G1