Foto: Fernando Rocha/Senado

Afastado da Agência Nacional do Cinema (Ancine) desde agosto, o produtor Christian de Castro decidiu renunciar ao cargo nesta última quarta-feira (13). Ele oficializou o pedido em uma carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. A Ancine é vinculada à Secretaria da Cultura  e, na última semana, a pasta foi transferida do Ministério da Cidadania para o Ministério do Turismo.

A informação sobre a renúncia de Castro foi dada pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. A publicação lembra que ele e outros servidores foram afastados por determinação da Justiça, com base em uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) que os acusa de prática de calúnia, difamação, prevaricação e associação criminosa com o objetivo de favorecer a candidatura dele à presidência da instituição. Tanto Castro quanto os demais funcionários negam as acusações.

“Infelizmente, fui vencido pela reação daqueles a quem a transparência não interessa”, declarou o agora ex-presidente da Ancine na carta de renúncia. “Após todos os indícios de irregularidades em gestões passadas, o Ministério Público Federal para estas não atentou, passando a me acusar infundadamente, chegando inclusive a pleitear o meu afastamento do cargo, de forma reiterada, o que não se justifica”, acrescentou em sua defesa.

Diante desse quadro, Castro afirma que decidiu renunciar para se dedicar a sua defesa e não prejudicar as atividades da agência. Na quarta (13), a coluna noticiou que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) havia marcado para o dia 3 de dezembro o julgamento do mandado de segurança apresentado por Castro para que a decisão de seu afastamento fosse anulada.