Prestes a receber a carta dos prefeitos da Bahia, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA), Nelson Leal (PP), demonstrou apoio à principal reivindicação dos chefes dos Executivos municipais: a unificação das eleições no Brasil. Este é o foco da 2ª Marcha dos Prefeitos, que acontece na manhã desta segunda-feira (3).

“Eu acho que tem sim que unificar as eleições, agora precisamos saber qual vai ser o posicionamento do Congresso Nacional. Eles vão ampliar, vai estender por mais dois anos esse mandato atual, vai gerar um mandato mais longo de seis anos, vai ter um mandato mais curto de dois anos, enfim, tem ainda uma série de questionamentos e uma PEC [Proposta de Emenda à Constituição] tramitando”, pondera Leal.

Neste quesito, a opinião dele é a mesma do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), coordenador da bancada baiana na Câmara dos Deputados. Quanto ao pedido de repasse dos royalties do petróleo, o presidente da AL-BA avalia que “é um avanço”. Os prefeitos fizeram essa reivindicação na carta e o governador Rui Costa (PT) disse que vai encomendar um estudo até dezembro para avaliar a situação.

Ainda assim, Leal reconhece que é preciso “avançar muito mais”. “A primeira porta que se bate [na crise] é a do prefeito. Com 14 milhões de desempregados, é só você dar uma olhada nas contas, os índices de pessoal aumentaram em todas as cidades da Bahia porque com o desemprego, o prefeito tenta mitigar um pouco o sofrimento, aumentando a sua folha de pagamento”, defende o presidente da AL-BA.

Isso não significa dizer, no entanto, que ele se opõe ao trabalho dos TCMs. Seu antecessor, o hoje senador Ângelo Coronel (PSD), chegou a aventar a possibilidade de apreciar um projeto de fechamento do TCM, órgão que fiscaliza a atuação das prefeituras, mas Leal mantém outra postura. “A gente tem que ter calma e respeitar o tribunal de contas que faz um grande trabalho”, minimizou, acrescentando que o diálogo e a harmonia são as “melhores armas”. Bahia Notícias