O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta última sexta-feira (5), a abertura de um inquérito na Polícia Federal para apurar se o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, cometeu crime de racismo. A base para as investigações será um áudio em que o presidente da instituição chama o movimento negro de “escória maldita”, afirma que não dará verba para “macumbeiro” e ofende uma mãe de santo que trabalhou na Palmares antes de ele assumir o cargo. Na mesma gravação, Camargo ainda disse que Zumbi era “filho da puta que escravizava pretos”, criticou o Dia da Consciência Negra e falou em demitir “esquerdista”. Na denúncia, o MP argumenta que as falas ditas em uma reunião com assessores representam crime de racismo contra todos os praticantes de religião de matriz africana. A Polícia Federal tem 30 dias para instaurar o inquérito e deve concluir a apuração em até 90 dias, prorrogáveis por igual período.