O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), José Henrique Tigre (PSD), o Quinho, declarou que será insuficiente uma verba anunciada para auxiliar os municípios no pagamento do piso da Enfermagem. Para o gestor, que também é prefeito de Belo Campo, no Sudoeste, o montante de R$ 7,3 bilhões não dará conta do custo. Ele estima que a despesa deve chegar a R$ 12 bilhões.
“Noventa e sete por cento dos municípios baianos terão problema, e esse é um problemática de todo país. Sem dúvida nenhuma, a ideia inicial do ministério [da Saúde] vai prejudicar muitos municípios e nós fazemos questão de pagar o piso, nós queremos pagar o piso”, relatou.
O presidente da UPB declarou que a melhor forma de calcular o custo seria adotar como base o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), que tem os dados de todos os profissionais que atuam no município. “É a fonte mais fidedigna para todos os profissionais do Brasil e nós queremos mostrar ao ministério que esse formato é o melhor”, completou Quinho.
O gestor participou na sede da UPB, na sexta-feira (19) de uma assembleia do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado da Bahia (Consems/BA). Na plenária, foi apresentado um estudo que aponta que a implantação do piso vai acarretar um déficit total de R$ 63,4 milhões em 300 municípios baianos. (BN)