A presidente do conselho administrativo do Magazine Luiza, a empresária Luiza Helena Trajano, alertou nesta última quarta-feira (22) para a volta da fome e apelou para a retomada a geração de empregos. “Realmente está faltando comida na mesa de novo e está faltando a dignidade, que é o emprego”, afirmou a empresária durante balanço do Movimento Unidos pela Vacina, iniciativa da empresária com o intuito de viabilizar a imunização contra a Covid-19. Ela foi escolhida pela revista Time como uma das pessoas mais influentes do mundo em 2021.

A empresária destacou a importância da vacinação. “O presidente pode até ter falado que não se vacinou, mas não houve nada que nos atrapalhou a continuar nossa campanha. Não podemos dizer que houve qualquer coisa que foi feita para nos atrapalhar na campanha. Acho que é uma posição pessoal dele”, ressaltou. Os relatos dela foram publicados pelo jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o balanço da campanha, mais de 1,95 milhão de itens foram doados para mais de 4.000 cidades brasileiras devido à intermediação entre empresas e poder público. Os municípios estão sendo atendidos por mais 400 empresas, que distribuíram cerca de R$ 50 milhões em equipamentos, insumos e apoio para infraestrutura de vacinação.

A empresária afirmou ter sido aconselhada a se preparar para paulada após assumir a liderança do Movimento Unidos pela Vacina. “Eu até me preparei um pouquinho mais para a paulada porque poderia levar. No entanto, não. No máximo o que falaram é ‘ela é candidata, vai ser vice'”, relatou. O Brasil tem mais de 14% de desempregados (contingente superior a 14 milhões de pessoas sem emprego), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pesquisa Datafolha realizada de 13 a 15 de setembro, com 3.667 brasileiros em 190 municípios, mostrou que 85% dos brasileiros reduziram o consumo de algum alimento desde o começo do ano. Segundo o levantamento, 67% cortaram o consumo de carne vermelha, por exemplo. Outros itens, como arroz, feijão e macarrão, estão sendo menos consumidos por 34%, 36% e 38% da população, respectivamente.