Roberto Viana/BNews

O ex-deputada federal Manuela D’Ávila esteve em Salvador, nesta última segunda-feira (11), para o lançamento do livro “Por que lutamos?” e disse que o atual governo tem sido um retrocesso na luta pelos direitos das mulheres. Manuela D’Ávila está viajando pelo Brasil para o lançamento do seu segundo livro, que já ocupa a 11ª posição na lista dos 20 livros mais vendidos na categoria “Não Ficção” da revista Veja.

“A gente tem um presidente da República que permanentemente reafirma posições contrárias à luta das mulheres. Além disso, existe um desmonte de um conjunto de políticas que beneficiam mais as mulheres do que homens. Quando temos cortes na saúde e educação, esses cortes atingem mais mulheres trabalhadoras do que homens”, avaliou a ex-deputada, em entrevista.

Manuela D’Ávila discursou sobre feminismo antes da sessão de autógrafos e foi questionada por uma pessoa da plateia se a carta que escreveu para a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) foi realmente um ato de solidariedade ou uma resposta à disputa política entre a direita e esquerda. “Eu realmente compreendo a dor dela porque já senti coisas parecidas”, garantiu, destacado a importância da sororidade entre as mulheres.

“A sororidade é uma resposta politizada à uma construção de rivalidade entre as mulheres. Eles [os homens] me interromperam a vida inteira e as mulheres diziam que eu era interrompida porque eu não era enfática. Só agora, por causa da sonoridade, as mulheres perceberam que eu fui interrompida no Roda Viva”, disse, relembrando as notícias que circularam na época em que ela era pré-candidata à presidência de República pelo PCdoB, afirmando que ela foi interrompida pelo menos 40 vezes durante debate no programa Roda Viva, da TV Cultura. Bocão News