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A Receita Federal anunciou na tarde desta última segunda-feira (19), por meio de nota, a saída de João Paulo Ramos Fachada Martins da Silva do cargo de subsecretário-geral do órgão. Ele será substituído pelo auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto, que, de acordo com a Receita, atua na área de fiscalização da Delegacia da Receita Federal em Recife.

“O secretário Especial da Receita Federal, Marcos Cintra, agradece o empenho e a dedicação de João Paulo Ramos Fachada Martins no período em que desempenhou suas atribuições no cargo de subsecretário-geral”, diz a nota.

A demissão do atual subsecretário-geral, considerado o número dois na hierarquia da Receita Federal, ocorre em meio a uma insatisfação de auditores devido a uma suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro dentro do órgão.

Nos últimos dias, Bolsonaro deu indicações de que faria mudanças em postos estratégicos tanto na Receita quanto na Polícia Federal. De acordo com o colunista do G1 Gerson Camarotti, o secretário da Receita, Marcos Cintra, foi alertado de que se o presidente insistisse em mudanças em cargos estratégicos do órgão no Rio de Janeiro, haveria entrega em massa dos cargos de comando.

Isso ocorreu após o auditor José Alex Nóbrega de Oliveira, que comanda há um ano e meio a alfândega do Porto de Itaguaí, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ter publicado uma mensagem que apontava uma possível interferência política na Receita Federal. Na noite desta segunda, questionado sobre o assunto, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não teve participação na troca no cargo.

“O presidente conversou com o ministro Paulo Guedes (Economia), mas atribui a responsabilidade pela condução e gestão das equipes de cada um dos órgãos aos respectivos responsáveis. O presidente confia no desempenho e na avaliação de cada dos seus subordinados na avaliação das equipes que transformam e trabalham no entorno de cada um deles”, disse. G1