A professora Georgina Gonçalves dos Santos – primeira colocada na lista tríplice para a reitoria da UFRB – lamentou o desfecho da escolha do novo reitor. Santos disse que foi tentada na segunda-feira (29), uma posição do Ministério da Educação em favor da escolha interna feita na instituição, mas o órgão não validou o processo. A professora criticou o que chamou de desrespeito ao Conselho Universitário, mas declarou que é preciso se reunir em torno do indicado Fábio Josué dos Santos.

A docente lembrou momentos na história em que o conhecimento foi penalizado e afirmou que o processo de escolha do reitor abre um “precedente perigoso” não só nas universidades como também “nas instituições de modo geral, e que fere de morte nossa autonomia construída com muito esforço”. Santos também levantou questionamentos sobre a motivação do governo federal em interferir na nomeação do reitor.

“Pela gravidade da decisão adotada pelo MEC não podemos minimizar o que ocorreu. A pergunta é: por que não foi respeitado o desejo da comunidade da UFRB? Por que o governo brasileiro interferiu na normalidade institucional nomeando o terceiro indicado? Não podemos ser ligeiros ou precipitados nessa análise, mas sim, investirmos todo nosso esforço de compreensão para entender o que aconteceu. Racismo? Homofobia? Misoginia? Nenhuma ingenuidade nos será perdoada”, pontuou. BN