Foto: Bruno Albernaz / G1

A prévia da inflação do mês de janeiro na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou em 1,08%, a maior para o mês em 14 anos, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (26), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de dezembro e 13 de janeiro e comparados com aqueles vigentes entre 13 de novembro e 13 de dezembro.

Apesar de apresentar desaceleração pelo segundo mês consecutivo (havia sido de 1,47% em novembro e 1,13% em dezembro), o índice da RMS em janeiro deste ano foi o mais alto do Brasil entre as 11 áreas pesquisadas pelo IBGE e ficou bem acima do registrado no país como um todo (0,58%). Foi ainda o maior para um mês de janeiro, na RMS, desde 2008, quando havia ficado em 1,19%.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, o IPCA-15 acumula alta de 11,45% na RMS, apresentando aceleração frente ao acumulado nos 12 meses encerrados em dezembro (10,67%). Nesse acumulado, a RMS tem o segundo maior índice do país, atrás apenas do registrado na RM Curitiba/PR (12,80%), e está bem acima do país como um todo (10,20%).

Todos os grupos de produtos e serviços tiveram alta na RMS

De acordo com o IBGE, a prévia da inflação de janeiro na RMS (1,08%) foi resultado de aumentos nos preços médios de todos os nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. O aumento que causou o maior impacto foi o do grupo alimentação e bebidas (1,63%), puxado pela alimentação no domicílio (1,79%), e em especial, pelas frutas (9,90%).

Dentre os itens do grupo alimentação, a banana-prata (24,36%) foi o que mais colaborou para a alta da prévia da inflação. Já o maior aumento absoluto dentre todos os itens investigados foi o do mamão (29,74%), que tem um peso menor na composição do índice da RMS.

O segundo grupo que mais impactou no aumento da prévia da inflação na RMS foi o de habitação (1,19%), puxado pelas altas da taxa de água e esgoto (4,45%) e do condomínio (3,15%).

Porém, dentre todos os itens investigados pelo IPCA-15, o que mais colaborou para o aumento da prévia da inflação na RMS, foi o perfume (9,79%), que está dentro do grupo saúde e cuidados pessoais (1,18%), que teve a 3ª maior colaboração para o aumento do índice na região.

Os grupos artigos de residência (2,69%) e vestuário (2,62%) apresentaram os maiores aumentos absolutos, mas possuíram um peso menor para o crescimento do IPCA-15 na RMS.

Por outro lado, apesar do grupo transportes ter apresentado uma leve alta (0,12%), a queda no preço dos combustíveis (-2,40%), sobretudo da gasolina (-2,50%), foi o que mais ajudou a segurar a prévia da inflação na RMS em janeiro. A gasolina foi o item que exerceu a maior pressão inflacionária na região do ano passado e inicia 2022 com o efeito inverso. G1