O deputado estadual soldado Prisco (PPS) rebateu a versão veiculada sobre a denúncia feita pelo Ministério Público ao TJBA com pedido de busca e apreensão em endereços ligados a ele. A denúncia também se estendeu a diretores e coordenadores da Associação de Policiais, Bombeiros e Familiares do Estado da Bahia (Aspra).

 

Segundo o advogado do parlamentar, Dinoermeson Tiago Nascimento, há um pedido do Ministério Público de busca e apreensão na casa e gabinete do deputado, do último sábado, durante o plantão judiciário, relacionado a uma representação de um policial militar, ex-assessor do ex-deputado estadual capitão Tadeu segundo informações do Bocão News.

 

Conforme a defesa, o caso foi esclarecido em meados do ano passado, ocasião em que “os dirigentes da Aspra apresentaram ao MP, balancetes, recibos, depoimentos, extratos bancários, autorizaram a quebra do sigilo bancário e telefônico das partes entre outras provas que afastam as acusações”. Reforça também que um dos envolvidos, o tenente Fábio Brito, nunca sofreu qualquer impedimento das atividades por qualquer que seja a acusação.

 

Em nota ao Bocão News, a defesa afirma que, no último sábado, a juíza plantonista Nartir Dantas Weber não conheceu o requerimento do MP por perceber “a inexistência de elementos processuais para analisar o mérito do pedido”.

 

“Recebemos com surpresa a matéria veiculada porque, primeiramente, não fomos oficialmente citados. Também porque não tem denúncia do MP e sim um pedido de busca e apreensão feito de má-fé, mesmo sabendo que todos os documentos solicitamos pela Autoridade Policial e Ministério Público já foram devidamente juntados no procedimento que embasou tal pedido, a exemplo de recibos e balancetes que apresentamos e derrubam por terra a denúncia maliciosa”, afirmou Prisco.

 

Segundo a advogada Marcele Maron, esse procedimento já tramita há algum tempo e o parlamentar nunca foi intimado para ser ouvido e esclarecer eventuais dúvidas por parte do MP. “Desde que tomamos conhecimento sobre as investigações, protocolamos petição informando que o deputado Prisco se encontra à disposição para ser ouvido e apresentar mais documentações que o órgão julgue necessário, o que até a presente data não aconteceu e para a nossa surpresa. E aí, o MP, na calada da noite faz mais uma vez tal requerimento no sentido de tentar desgastar politicamente o parlamentar”, contestou.

 

Prisco argumenta que a ação do MP é uma retaliação à denúncia que ele fez ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra a procuradora MPE baiano, Ediene Lousado, por considerar que ela não deu celeridade ao pedido de investigação à suspeita de grampos ilegais ocorridos na secretaria de segurança pública no final do ano passado.