Marcos Corrêa/PR

O Ministério Público Federal em Brasília pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito criminal para investigar suspeitas sobre o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), Fabio Wajngarten. O objetivo é apurar supostas práticas de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos feito por funcionário público, para proveito pessoal ou alheio) e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na administração pública, valendo-se da condição de servidor). As penas previstas para os dois primeiros crimes variam de 2 a 12 anos de prisão, além de multa. No último caso, aplica-se detenção de um mês a um ano. A reportagem da Folha afirma que a maior parte dos integrantes da comissão entende que Wajngarten incorreu em conflito de interesses. Eles identificam indícios de irregularidade, o que justificaria a aplicação de uma pena. Caso ele seja considerado culpado, Wajngarten pode receber advertência pública, censura ética ou, em casos mais graves, recomendar ao presidente que exonere o servidor. A decisão, no entanto, é de Jair Bolsonaro.