O professor e filho da Ialorixá Mãe Bernadete, Jurandir Wellington Pacífico, teceu críticas as investigações da Secretária de Segurança Pública da Bahia sobre os assassinatos da mãe e do irmão, Flavio Gabriel Pacifico, o Binho do Quilombo, este que completa seis anos em 19 de setembro. Para o bahia.ba o gestor cultural afirmou não ter medo de possíveis ataques a sua vida por ser uma pessoa “mais prevenida”.
“Em 2017, Flavio Gabriel Pacifico dos Santos foi brutalmente assassinado. [O crime] completa seis anos amanhã. […] Infelizmente, agora eu sou uma pessoa sem mãe e sem irmão. Eu só tinha ele de irmão. O legado continua”, disse Jurandir no lançamento a ação para potencializar a agroindústria familiar da Bahia, em Salvador.
Questionado se sente medo de ameaças após os crimes contra integrantes de sua família, o professor pontua não que não se sente amedrontado. Para o portal, o filho de Mãe Bernadete disse que quer continuar o legado deixado pela mãe, além de tornar o Quilombo Pitanga dos Palmares uma “referencia para os de mais”.
“Eu sou um cara mais prevenido. O recado está dado. Eu só quero dar continuidade ao legado de minha mãe. Eu quero mudar a história dos quilombos da Bahia, não só de palmares. Eu quero que Palmares seja referencia para os demais”, completa. Jurandir Wellington Pacífico revelou ainda que na terça-feira (11) será fundado o “Instituto Mãe Bernadete”, que possui como um de seus objetivos “mudar a história dos quilombos”.
Mãe Bernadete foi executada em agosto. Em setembro, o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, afirmou que três suspeitos de envolvimento no crime foram presos. Nesta segunda-feira (18), a Polícia Civil pediu ao Ministério Público do estado a prorrogação das investigações. As apurações sobre a morte de Binho do Quilombo não foram elucidadas. Bahia.Ba