A professora Cátia Regina Raulino, que é investigada por plagiar o trabalho de ex-alunos em Salvador, vai responder por ao menos cinco crimes. A polícia concluiu o inquérito do caso vai encaminhar ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) ainda nesta terça-feira (13). De acordo com o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, titular da 9ª Delegacia da Boca do Rio e responsável pelas investigações do caso, a polícia vai indiciar Cátia Raulino por:

  • Estelionato;
  • Uso de documento falso;
  • Exercício ilegal do Direito;
  • Falsidade ideológica;
  • Plágio.

O delegado informou que Cátia Raulino não tem o diploma de bacharel em Direito pela Universidade Federal do Maranhão que ela alega ter, o que já invalida a comprovação dos outros títulos, como o de mestrado, doutorado e pós-doutorado na área. Ela também não apresentou esses documentos.

“A conclusão é que a senhora Cátia Raulino não tem diploma de bacharel na Universidade [Federal] do Maranhão. Foi dado todo esse período a ela, várias oportunidades para apresentar o diploma. A faculdade que ela diz ter o diploma, a gente tem certeza absoluta que ela nunca esteve naquela instituição de ensino, sequer ela tem o diploma de bacharel em Direito”, disse ACM Santos. O delegado detalhou as provas que a polícia encontrou para indiciar Raulino pelos cinco crimes citados acima.

“A partir do momento em que está claro que ela não é bacharela, ela vai ser tipificada no crime de estelionato, pelo fato de que ela aferiu vantagem em lives e outras coisas que ela fez, que ela cobrava como se fosse uma bacharela. Uso de documento falso, para ela ser admitida nas faculdades, o exercício ilegal da profissão de direito também está claro, a falsidade ideológica, porque nós colhemos também que ela inseriu dados que não eram verdade em documentos públicos, existe uma certa discussão com referência a isso por causa do currículo lattes, e, por fim, o plágio que também já está caracterizado e já foram ouvidas todas as partes”, disse ele.

Apesar de informar que o inquérito será remetido ao Ministério Público ainda nesta terça, ACM Santos falou também que há uma suspeita de que Cátia Raulino tenha cometido crime cibernético e uma perícia já foi solicitada. O delegado não deu detalhes o caso. “Também tem o crime cibernético que a gente já descobriu, que ela utilizou a rede social, mas a gente precisa de uma prova concreta, uma perícia. Por isso, foi solicitada a busca nos equipamentos eletrônicos dela”, disse. G1