Foto: Maiana Belo/G1 Bahia

Professores e estudantes de Salvador iniciaram uma passeata, por volta das 9h50 desta quarta-feira (15), no Centro da cidade, em protesto contra o bloqueio de recursos da educação anunciado pelo MEC e contra a reforma da previdência. A manifestação faz parte de um ato nacional.Segundo a organização, 50 mil pessoas participam da manifestação, enquanto a Polícia Militar (PM) informou que não divulga estimativa de público.

O grupo ocupa todas as faixas da via, o que deixa o trânsito bastante congestionado no local. De acordo com a Transalvador, os carros estão atrás do protesto e avançam conforme o grupo anda. A caminhada tem como destino a Praça Castro Alves, um trajeto de cerca de 2,5 quilômetros.

Por volta das 10h30, os manifestantes sentaram na via, quando chegaram próximo ao acesso à Avenida Sete. Minutos depois eles levantaram e continuaram a caminhada. Entre os manifestantes, estavam as estudantes do curso de pedagogia de uma faculdade particular de Salvador. “Nossa manifestação é uma luta. Uma luta que as conquistas não serão só nossas, mas das futuras gerações também”, disse Michele Brito.

Professores e estudantes protestam em Salvador — Foto: Maiana Belo/G1 Bahia

“Educação não é para alguns, é para todos”, acrescentou a também estudante e colega de Michele, Agnes Brito. A estudante indígena, Thays Pataxó, de 19 anos, conta que integrar o protesto não é apenas uma luta pela educação, mas também uma forma de resistir para permanecer na Universidade Federal da Bahia. Ela está no terceiro semestre da licenciatura de Ciências Naturais, em Salvador.

“A preocupação do estudante como todo é sobre a manutenção da universidade. Ela não pode acabar. Já a preocupação como pessoa indígena é de não ter mais acesso à educação. Também estamos ameaçados de perder a bolsa permanência, e precisamos dela para viver aqui [em Salvador]”, disse a jovem que pertence a uma tribo Pataxó de Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, a cerca de 580 km da capital baiana.

Também participam do protesto entidades de classe, como a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Bahia (APLB), Sinpro (Sindicatos dos professores das escolas particulares, União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub) e Sindicato dos Trabalhadores Técnico e Administrativos da Universidade Federal (Assufba). G1