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O PNI, Programa Nacional de Imunizações, está completando 50 anos. Um planejamento histórico que conseguiu unificar o calendário de vacinação e levar proteção para todos os brasileiros. Hoje, o PNI tem vacinas contra mais de 30 doenças. A vacina que chega a cada braço é resultado de uma história de superação e orgulho. “Chegar em um local e fazer campanhas de vacinação é uma joia brasileira”, diz Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.

“Eu faço muitas palestras aqui no Brasil e no exterior, e eu sempre destaco o Programa Nacional de Imunizações como um dos programas mais valorosos do nosso Sistema Único de Saúde”, conta Mario Moreira, presidente da Fiocruz.

Essa proteção capaz de chegar tão longe é fruto de uma história de sucesso que fez do Brasil uma referência mundial em vacinação. O Programa Nacional de Imunizações foi instituído em 1973, honrando uma tradição que começou bem antes. No Rio de Janeiro, teve nomes marcantes como o do sanitarista Oswaldo Cruz, que idealizou um castelo para ser a casa da ciência brasileira. Em 1910, os pesquisadores já trabalhavam no castelo que é testemunha do combate à doenças que assolavam o país.

“Por exemplo, assim, epidemias muito violentas de poliomielite, epidemias em São Paulo na década de 1970 também, muito forte de meningite. Além disso, nós vivemos em um país muito grande, onde as distâncias, as desigualdades faziam com que as regiões interioranas, as regiões mais distantes, tivessem menos acesso à vacinação. Isso na década de 1960, em especial, se transformou em um problema bastante visível”, diz Luiz Antônio Teixeira, pesquisador da Casa de Oswlado Cruz/ Fiocruz.

O desafio de mudar esse quadro também foi gigante, mas o controle de doenças se tornou possível graças ao trabalho de cientistas, profissionais de saúde e um grande esforço de comunicação. A organização feita pelo Ministério da Saúde teve marcos importantes. Em 1977 foi criado o calendário de vacinação para o país todo. Em 1980, começaram os dias nacionais de imunização, que representaram um grande trunfo. G1