As investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, que tiveram mais um capítulo na segunda-feira (25) com a prisão de Maxwell Corrêa, o Suel, e a delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, devem resultar em mais operações nas próximas semanas. A informação foi dada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, em coletiva logo após a prisão de Suel.
“Há aspectos que ainda estão sob investigação, em segredo de Justiça. O certo é que nas próximas semanas provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhidas no dia de hoje [segunda]”, disse o ministro.
A operação foi baseada em apenas um anexo da delação, que fala especificamente sobre o dia do assassinato da vereadora e do motorista.
Élcio dirgiu o Cobalt prata usado no atentado contra Marielle em 14 de março de 2018. Ele está preso desde 2019, quando também foi preso o ex-policial reformado Ronnie Lessa.
Na delação, Élcio diz que Lessa fez os disparos que mataram Marielle e Anderson: “Só escutei a rajada”. Na delação, Élcio de Queiroz afirmou à polícia que:
- Ronnie Lessa confessou ter tentado matar Marielle em 2017, três meses antes da derradeira execução;
- a placa do carro usado no assassinato foi trocada, e a antiga foi picotada e jogada na linha do trem;
- toda a comunicação sobre o crime foi feita pelo aplicativo Confide, que teria três camadas de segurança;
- O sargento da PM executado em 2021, Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, intermediou a ordem para matar Marielle;
- as despesas com advogado eram pagas pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, que foi preso nesta segunda (24);
- Em 2019, os envolvidos no atentado foram avisados sobre a operação que prendeu Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. G1