Depois do senador Jaques Wagner (PT) apontar, internamente, sua desistência da disputa pela eleição para o governo da Bahia, o PSB baiano, no apagar das luzes do domingo (27), emitiu uma nota de apoio ao nome do petista. O partido da deputada federal Lídice da Mata (PSB) aponta a vontade de um recuo de Wagner da fuga do enfrentamento a ACM Neto (UB), principal rival dos governistas.

“Até então, a candidatura de consenso entre os que integram o Conselho Político do Governo é a do senador Jaques Wagner”, diz a nota em um recado, especificamente, a Rui Costa (PT) que busca ocupar a vaga do Senado na chapa em meio a predileção de Otto Alencar (PSD) pelo posto.

Apesar de citarem o Conselho Político, organismo criado por Wagner quando coordenou a base enquanto esteve a frente do Palácio de Ondina, este não mais existe. Rui não o convocou. Contudo, as siglas tem se manifestado pela imprensa e apontam, em notas públicas, suas vontades. “O PSB considera fundamental a imediata convocação deste conselho para a discussão, decisão deste tema e a unificação da base aliado”, reclama, como também fez o PCdoB, por exemplo.

Os socialistas não são muito simpáticos ao nome de Otto Alencar (PSD) para a cabeça da chapa. Não citam o pessedista diretamente, mas possuem ainda incomodo pelo fato de terem sido atropelados por Angelo Coronel (PSD) na formação da chapa de 2018, cuja cadeira era ocupada por Lídice, que almejava a reeleição. O deputado do PSB, Alex Lima, cravou nesta semana o entendimento do Time de Lula de buscar “Otto na cabeça e Rui no Senado”.

Já seu colega de bancada, Ângelo Almeida, foi além, lançou a pré-candidatura de Rui para a Câmara Federal e o desenho de JW como governador e Otto no Senado, primeiro desenho feito do cenário. No início do mês, Lídice fez uma publicação no twitter, em meio a contenda com Marcelo Nilo, de saída da base governista e do PSB, reafirmando a postura da sigla pelo apoio a Wagner.

Veja a nota na íntegra:

PSB da Bahia vê com estranheza as últimas movimentações políticas em relação à sucessão estadual e classifica como desrespeitoso o método como está sendo conduzido o assunto, que alija das decisões partidos e lideranças que foram fundamentais para a construção do projeto político democrático e vitorioso que vigora na Bahia desde 2006 até os dias atuais. Neste período, as decisões políticas centrais foram debatidas no Conselho Político, onde têm assento todos os partidos que dão sustentação ao governo.

Até então, a candidatura de consenso entre os que integram o Conselho Político do Governo é a do senador Jaques Wagner (PT-BA). O PSB considera fundamental a imediata convocação deste conselho para a discussão, decisão deste tema e a unificação da base aliada.